domingo, 26 de fevereiro de 2012

Sempre MÃE!

Eu vou lá estar…

Quando os teus olhos sorrirem,
Quando os teus olhos chorarem,
Quando os teus filhos crescerem,
Quando os teus filhos amarem,
Eu vou lá estar…

Nem que seja numa flor ou numa estrela a brilhar,
Podes acreditar, meu filho,
Eu vou lá estar…

Nem que seja por um breve momento
Ou por um demorado tempo,
Velando por vós,
Podes acreditar, meu filho,
Eu vou lá estar…

Iluminarei o teu caminho,
Perfumarei a tua caminhada,
Darei sentido à tua bússola,
Desenharei a tua passada!

Para te ouvir segredar
Que viver é amar…
Podes acreditar, meu filho,
Eu vou lá estar…

Tempo atroz!

Há momentos eternos
Que teimam em não passar
Nem Cronos os detém
E eles fazem-nos parar!

Como é possível
Haver tal contradição,
Se Cronos é o Tempo
E tem todo o poder?
Por que razão tal deus
Não se para a si mesmo
E dá um pouco de descanso
Nem que seja por um momento?

São mães, Cronos, são mães,
Quem tu agora persegues!
E levas-lhes a esperança,
A tristeza e a amargura,
E estas almas condenadas
São heroínas da vida dura!

Sê paciente, Cronos!
Sê filho como os demais!
E mitiga tantas dores
E salva tamanhos amores!
Não condenes tais mortais!

Não sejas atroz
Nem sequer veloz!
Elas querem ficar!
Elas querem amar!
Elas querem viver!
Elas não querem morrer!
Vá lá, Cronos, tem dó!