PAI
Lembro-me das tuas trinta primaveras,
Tantas… tantas… pensava eu,
E fui contando trinta e uma,
Trinta e duas, trinta
e três,
Trinta e muitas…
E os anos passaram ao nosso lado
E nós chegámos aqui!
Hoje, já ganhaste setenta e uma!
Tão poucas… tão poucas… penso eu!
Olho o teu rosto e vejo o tempo,
A coragem, a vida e o herói,
Que nunca, mas mesmo nunca,
Nem que o mar me arraste,
O fogo me incendeie,
O relâmpago me ilumine
Ou o chão me devore,
Eu esquecerei!
21 de setembro de 2012
Célia Mafalda Neves