sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Ternura



PAI

Lembro-me das tuas trinta primaveras,
Tantas… tantas… pensava eu,
E fui contando trinta e uma,
Trinta  e duas, trinta e três,
Trinta e muitas…
E os anos passaram ao nosso lado
E nós chegámos aqui!

Hoje, já ganhaste setenta e uma!
Tão poucas… tão poucas… penso eu!
Olho o teu rosto e vejo o tempo,
A coragem, a vida e o herói,
Que nunca, mas mesmo nunca,
Nem que o mar me arraste,
O fogo me incendeie,
O relâmpago me ilumine
Ou o chão me devore,
Eu esquecerei!


21 de setembro de 2012
Célia Mafalda Neves

4 comentários:

  1. Olá querida professora? Como vai essa alma virtuosa de quem tenho tantas saudades? Que poema lindo e sentimento tão verdadeiro! Continua a encantar esta sua admiradora. Imensos beijinhos.

    Vélia*

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    1. Olá, querida Bé! Eu também tenho muitas saudades, mas preciso de estar mais pertinho de casa... Ainda estou à tua espera para lanchares comigo. Quando quiseres, é só dizeres e dou-te a minha morada. É óbvio que podes trazer a mãe como motorista. Eu sou a bebé da foto e são os meus pais em finais de 1967! Amanhã, chega a minha 45ª primavera...

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  2. Olá olá! Um feliz aniversário para o seu pai! Pai, amigo e companheiro! Recordo-me de a ouvir falar dele, várias vezes, com carinho!
    Foi ele também o taxi branquinho que a trouxe para algumas das nossas aulas!
    ...Incrível como, à medida que o tempo passa, vamos querendo ainda mais tê-los por perto!

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  3. Boa noite
    Acabo de reler esta homenagem ao pai. Fico tão embevecido e sem palavras perante o que leio que fico também com inveja do teu pai. Mas é apenas por instantes. Porque eu também sou pai e também tenho homenagens destas. E fico "tão sem jeito", mas tão orgulhoso! Estimemo-nos. Beijinhos paternais e filiais.

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