Parti com o sol
E levei a saudade também!
Nesse instante,deixei a chuva
Lavar-me o rosto e vim, só e triste,
Só e sem mais ninguém!
Mas há claros sorrisos
Que ficaram no coração,
Trouxe comigo tantos risos
Que guardo com devoção,
Juntinho à minha alma,
No meu baú da emoção…
Por seu lado, Éolo,
Rei dos ventos e vendavais,
Ordenou-lhes que se soltassem
E fustigassem os pobres mortais.
É que a bela Natureza
Tem direito a revoltar-se
E há partidas terrestres
Que a levam a desgostar-se!
E Vulcano soltou os raios,
Iluminou a Terra com trovões,
Indignou-se com a Vida,
Lançou faíscas aos milhões…
Depois foram as nuvens,
Saturadas e inquietas,
Que lançaram ruidosas águas
Há tanto tempo dadas como certas.
Irmã da arrojada procela,
Fui hoje outra vez agora
A imagem daquele outrora,
Tatuado no meu pensamento,
Na mágoa e no meu olhar,
Enganando o real momento,
Pensando no amanhã,
Em que o doce sorriso,
Feito de mil cores,
Terá de brilhar então
E iluminar outros olhos
E dar paz ao coração…
Parte, vai com as estrelas…
Sempre tão belas, tão belas…
Coimbra, 27 de outubro de 2011
A cada dia que passa, estou mais certa de que o meu sonho é poder ser pelo menos uma amostra da Mulher que a professora é! Dez anos volvidos, só me ocorre dizer-lhe "Muito obrigada"!
ResponderEliminar